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Você sabe tudo sobre os pneus do seu caminhão?

Os pneus representam um dos principais investimentos em manutenção de frotas de veículos de carga, e não teria como ser diferente, uma vez que é sobre os pneus – e suspensão – do caminhão que se concentram todo o peso da carga e a tração do motor, além de esse ser o único elemento de contato entre veículo e estrada.

Ao contrário dos carros de passeio, o caminhão percorre uma verdadeira maratona sem fim em rodovias muitas vezes fora das condições básicas de manutenção, e ter os sulcos nos pneus não é a única característica relevante para garantir a segurança, aumentar a vida útil e economizar, por isso listamos aqui alguns pré-requisitos para reconhecer e escolher seus próximos pneus; bem como cuidados que você deve ter com eles.

Na hora de escolher seus pneus considere:

– o tipo do pneu;

– a pressão;

– a adequação em relação ao veículo;

– os serviços prestados;

– a carga transportada;

– a originalidade;

– a qualidade e o reconhecimento da marca.

Cuidados

– Montagem dos pneus: os números do lado do pneu indicam suas medidas, facilitando a

identificação de modelos compatíveis com aquela roda ou carro. Por exemplo, um pneu com o código 205/55 R16 91 W significa que é um pneu com 205mm de largura, e 55% de 205mm é a altura da parte lateral do pneu. O R indica que é radial e 16 é o tamanho do aro da roda que encaixa nele. O 91 é o índice de carga máxima permitida em cada pneu, portanto 630kg por roda, e o W indica a velocidade máxima aprovada, nesse caso, de 270km/h.

– Cuidar dos elementos internos: fazer o processo de regulagem dos ângulos da direção e

suspensão do veículo conforme as especificações do fabricante. Basicamente são três ângulos a serem verificados: convergência/divergência, câmber e cáster.

– Verificar as condições físicas dos pneus: o desgaste máximo, chamado TWI, é de 1.6mm de profundidade dos sulcos. Abaixo dessa medida, o pneu já passa a ser considerado “careca”.

Todos os dias, recomenda-se, antes de rodar com o veículo, fazer a verificação do estado dos componentes dianteiros e traseiros. Eles não podem estar rachados e nem apresentar saliências ou calombos, e as rodas não podem ter amassados ou trincas.

– Manter os pneus com a calibragem correta: a referência de calibragem fica disposta no manual do veículo. É indicado que o proprietário tenha esse número sempre na memória e que o procedimento seja feito a cada quinze dias, com o veículo ainda frio.

– Fazer o rodízio periodicamente: fazer o rodízio com o estepe garante que haja um desgaste por igual dos cinco pneus. O recomendado é fazer o rodízio de preferência a cada 5 mil km, ou a cada revisão, sendo no máximo de 10 mil em 10 mil km.

– Manter balanceamento e alinhamento corretos para evitar desvios na mecânica e desequilíbrio na distribuição de peso.

– Dirigir corretamente: evitar a aceleração e freadas bruscas, que influenciam na durabilidade dos pneus e incentivam a perda de aderência, aumentando, assim, o consumo de combustível.

Existem pneus que são all position e podem ser colocados em qualquer posição na estrutura de pneus. Outros tipos possuem posições específicas em cada eixo. Atenha-se a esse detalhe também.

O tipo de trajeto que ele fará na maior parte das viagens e a carga que transportará também são importantes pontos de atenção. Com base nesses dois fatores, você deve selecionar o desenho de sulco do pneu, já indicado no manual de seu veículo.

A velocidade média trafegada, carga transportada e posição da montagem também são aspectos importantes.

Os pneus ainda contam com uma categoria “ecologicamente correta”. Os chamados pneus verdes são fabricados de maneira diferente e com outros tipos de materiais que os deixam mais leves, menos ruidosos e com menor resistência ao rolamento, o que possibilita a redução no consumo de combustível. Geralmente são de uso misto.

Pneus Indicados para cada tipo de trajeto

Trajeto Urbano – Pneu de Alta Severidade

Esse é o tipo de banda mais indicada para o tráfego da cidade, que exige manobras, aceleração e frenagem variadas.

Os tipos de veículos que mais utilizam esses pneus são os de passageiros, como ônibus, e de caminhões de entregas, que possuem trajetos com diversos pontos de parada dentro da cidade.

Trajeto Rodoviário – Pneu de Baixa Severidade

Esse pneu é o mais utilizado para viagens longas em rodovias bem asfaltadas. Ele favorece a velocidade e economia de combustível.

Se você trafega a maior parte do tempo em longas retas com ótima condição de asfalto e velocidade alta, esse pneu é o mais recomendado.

Trajeto Regional – Pneu de Média Severidade

Esse é o meio-termo entre o pneu de alta e baixa severidade. É o mais indicado para trajetos regionais característicos do Brasil com aclives e declives. Por isso, muitas frotas optam por essa categoria.

Trajeto Misto – Pneu Misto

Esse tipo de categoria é o mais indicado para rotas compostas por locais com asfalto e trechos com terra. É o caso de caminhões de coleta de resíduos urbanos (caminhão de lixo) ou então para utilização agrícola. Os pneus mistos enfrentam muitas estradas de terra, mas também trafegam pelo asfalto.

Trajeto Fora da Estrada – Pneu Off-road

Essa é a categoria de pneus para caminhões que trafegam por locais acidentados, extremamente brutos, com pedras e terra. É o caso de caminhões de mineradoras que passam a maior parte do tempo em terrenos acidentados.

Atenção!

Ao andar com os pneus danificados, há a possibilidade de haver a perda de estabilidade no volante, perda de tração, estrago de componentes mecânicos, rodas e muito mais. Se os pneus não forem montados de forma adequada, com equipamentos e insumos adequados, corre-se o risco de danificá-los de forma irreversível. Por isso, é indicado fazer um procedimento de rotina após rodar em torno de 10 mil quilômetros. Vibrações e ruídos incomuns também são indicativos relevantes.

Ficou alguma dúvida? Como você cuida dos seus pneus? Conte pra gente nos comentários!

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