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CNH de motorista profissional poderá ter limite de 120 pontos

Projeto de Lei prevê novo limite de 120 pontos para a suspensão da CNH para caminhoneiros e outros profissionais.

Olá, amigos e amigas motoristas e caminhoneiros(as)! 

Recentemente falamos por aqui sobre a queda do número de caminhoneiros e como isso vem impactando a economia, não só no Brasil, mas em todo o mundo. Diante desse cenário, um novo projeto de lei (ou PL) foi apresentado recentemente e levanta um debate em relação às punições por infrações de trânsito para motoristas profissionais que possuem habilitação das categorias “C”, “D” e “E”. 

No texto de hoje, vamos explorar essa proposta, seus detalhes e o impacto que pode ter na rotina de quem trabalha rodando pelas estradas. Vem com a gente!

O limite atual

Você já sabe como funcionam as multas: diferentes gravidades de infração possuem diferentes pontuações. Atualmente, o limite é de 40 pontos no prazo de 12 meses, desde que não sejam cometidas infrações consideradas gravíssimas, antes da suspensão da CNH. 

Hoje em dia, a habilitação é suspensa caso aconteça alguns dos seguintes casos, dentro do período de um ano:

  • 20 pontos, caso constem duas ou mais infrações gravíssimas.
  • 30 pontos, caso conste uma infração gravíssima.
  • 40 pontos, caso não conste nenhuma infração gravíssima.
  • Condutores que possuem a observação EAR (Exerce Atividade Remunerada) na CNH, podem somar 40 pontos, independente do tipo de infração cometida.

Mas a ideia é que esse limite mude novamente. Ou, ao menos, para quem possui CNH nas categorias “C”, “D” e “E”. Isso porque um projeto de lei recentemente proposto ao Senado visa alterar as regras de suspensão da habilitação para profissionais que atuam nas estradas, propondo que esse processo ocorra somente após acumulação de 120 pontos.

A nova proposta

O objetivo do projeto de lei é preservar a força de trabalho nas estradas. Para isso, o Projeto de Lei (2720/22) busca garantir que os motoristas profissionais de veículos pesados não se vejam impedidos de trabalhar devido à suspensão da CNH. 

O PL seguiria a mesma lógica do modelo atual: os pontos valem desde que não sejam cometidas infrações gravíssimas, como dirigir após ingerir álcool ou qualquer substância psicoativa.

De onde veio o PL

No Brasil, as rodovias são a principal forma de acesso aos diferentes destinos. Em um país tão grande como o nosso, são inúmeras as atividades que dependem do transporte rodoviário para serem realizadas. 

E isso é um aspecto que impacta não apenas a economia, mas também serviços essenciais, como o transporte de materiais de saúde e o abastecimento de água e combustíveis em todo o território nacional.

Como falamos recentemente por aqui, o número de motoristas de caminhão em todo o mundo tem diminuído gradativamente devido a inúmeras questões como:

Segundo um estudo do Instituto Paulista do Transporte de Carga (IPTC), os dados especificamente do Brasil mostram que o número de caminhoneiros vem diminuindo desde 2015 e cai em torno de 5,9% a cada ano. 

Além dos fatores citados, segundo especialistas, há ainda o aumento do valor do custo de vida que não é acompanhado pela remuneração dos trabalhadores, a baixa infraestrutura das rodovias e o alto custo de manutenção dos veículos.

Por esses motivos, o projeto de lei busca mitigar o risco de profissionais ficarem impedidos de trabalhar devido a uma eventual suspensão da CNH. A proposta destaca os desafios únicos enfrentados pelos caminhoneiros, que percorrem distâncias superiores às experiências dos motoristas convencionais.

Um exemplo fornecido, a título de comparação, destaca que um motorista profissional cobre mensalmente a mesma distância que um motorista de automóvel percorre ao longo de um ano inteiro. Isso os coloca em uma posição mais suscetível a cometer infrações em comparação com aqueles que não dependem do volante para o trabalho.

Outro ponto que foi considerado no PL é que é bastante comum muitos caminhoneiros iniciarem a sua jornada de trabalho às 4h da manhã e só finalizarem o turno de trabalho às 21h. Apesar da legislação atual garantir e proteger a jornada de trabalho de motoristas, por causa do volume de horas trabalhadas, eles estão sujeitos a uma maior probabilidade de serem penalizados, acumulando pontos durante um ano que poderão levar a suspensão de dirigir e ficar sem seu sustento.

O outro lado

Apesar dos pontos levantados na proposta, há questões que precisam ser analisadas sobre o PL. Alguns especialistas afirmam que a proposta pode significar um retrocesso na questão da segurança no trânsito e até mesmo colocar em risco os próprios motoristas. Afinal, no final do dia, são eles que estarão mais expostos a falhas e a perigos da estrada. 

E você, o que acha dessa proposta: é a favor ou contra? 

Deixe seu comentário abaixo e compartilhe com a gente suas ideias, opiniões, dúvidas e sugestões. Juntos, podemos construir estradas mais seguras e fortalecer a profissão que movimenta e impulsiona o nosso país. Não se esqueça de compartilhar este post com seus colegas de estrada. Até a próxima parada!

6 Comentários
  • Damião da Silva

    O projeto é bem interessante e poderá gerar um pouco mais de emprego aos pais de família que dependem de sua cnh, acho que as autoridades de trânsito como PRF e PM Rodoviária estadual ficam pegando pelo em ovo em suas blitzes nas rodovias e isso prejudica muitos profissionais.
    Temos a questão do exame Toxicológico, um monte de cursos que não contribuem devido ao custo, poderia ser centralizado os principais pontos dos cursos e agregar em apenas um, troca de letra então é muito burocrático e sem necessidade.
    Por enquanto é isso

    11/02/2024 no 3:07 am Responder
    • gestoriveco

      Olá, Damião! Como está?
      A profissão de caminhoneiro é essencial e nós respeitamos a sua visão sobre o assunto. Reconhecemos os desafios presentes no mercado e estamos dedicados a promover uma discussão aberta sobre essas questões. Acreditamos que é através do diálogo contínuo que poderemos encontrar soluções e melhorar as condições para todos os envolvidos.

      Estamos à disposição.

      15/02/2024 no 8:15 pm Responder
  • Valter Cavalhere Nogueirol

    De que adianta maquinas maravilhosas se por diversos motivos em nosso país faltam muitos operadores de tais maquinas

    11/02/2024 no 8:48 pm Responder
    • gestoriveco

      Olá, Valter! Tudo bem?
      Valorizamos profundamente o papel dos caminhoneiros e entendemos as preocupações. É inegável a importância dessa profissão para o nosso país. Estamos comprometidos em dar visibilidade aos desafios enfrentados pelos profissionais desse setor e em buscar soluções colaborativas. Acreditamos que, através do diálogo aberto, podemos contribuir para melhorias significativas.
      Um abraço!

      15/02/2024 no 8:16 pm Responder
  • José Oliveira

    Sobre a nossa carga horária, acho certo aumentar, pois a gente vive ali no caminhão, as pessoas que não são motoristas trabalham As 8 hrs normais e após a saída do trabalho não vão diretamente dormir. Vão fazer compras passear estudar fazer academia etc, mas pra gente não existe essa possibilidade pois estamos longe de casa e cada dia em um local diferente então, as pessoas normais geralmente passam 16 horas por dia acordados e 8 horas de sono nessas oito horas fora do trabalho eles tem seus afazeres e a gente na estrada como não pode ir a academia ou ajudar a esposa em casa ou passear, mas a gente poderia dirigir pois mais horas e conseguir uma melhor remuneração para quando estiver por casa poder descansar um dia mais perto da família.

    13/02/2024 no 4:52 am Responder
    • gestoriveco

      Oi, José! Tudo bem?

      Valorizamos profundamente a profissão de caminhoneiro e compreendemos a opinião de todos. Vale ressaltar que essa é uma profissão muito importante para o nosso país. Estamos empenhados em dar visibilidade à causa e abrir um diálogo sobre os desafios do mercado. Acreditamos que essas conversas são fundamentais para que todos possam compreender a realidade e, juntos, trabalharmos para melhorias contínuas.

      Seguimos à disposição.

      15/02/2024 no 8:15 pm Responder

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