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Arla 32: você sabe como ele realmente funciona?

Bom amigos do blog da iveco, cá estamos aqui novamente com a graça de Deus!

Você sabe o que é o Arla 32?

Agente Redutor Liquido de Óxido de Nitrogênio Automotivo, ele é um reagente composto por 32,5% de ureia de alta pureza em água desmineralizada, transparente, não inflamável e não tóxico, utilizado juntamente com o sistema de Redução Catalítica Seletiva (SCR) para reduzir quimicamente a emissão de óxido de nitrogênio nos gases de escape dos veículos movidos a diesel. O reagente não é um combustível, nem aditivo de combustível e por isso é classificado como um produto de categoria de risco mínimo no transporte de fluídos.

O abastecimento do produto é feito de forma semelhante ao diesel, onde o consumo médio é de 5% do consumo. Pode-se afirmar, portanto, que serão utilizados cerca de 5 litros de ARLA 32 para cada 100 litros de diesel.

Imagine a cabine do seu Iveco na seção de pintura. Independentemente da cor, potentes exaustores aspiram todos os vapores do processo e, para não serem jogados na atmosfera, estes cruzam com uma lamina d’água que retém o material nocivo ao meio ambiente.

Com essa ideia como base, se pegarmos um antigo e fumacento D-11000, o nosso velho conhecido Arfão ou FêNêMê, e jogarmos um spray no escapamento com água, certamente a fuligem negra praticamente desaparecerá, certo? Mas falta um pequeno detalhe que os engenheiros e químicos pensaram: a reação química que acontece no sistema SCR, que reduz a emissão de óxido de nitrogênio e é mais nocivo que a própria fuligem pesada ou material particulado.

Imagino que alguns “inventivos” donos de transportadoras/motoristas, tiveram a mesma ideia que citei acima, e inventam sistemas eletrônicos pra burlar a central de gerenciamento do SCR, ou misturam água ao ARLA pra reduzir os custos, pois é caro. Pois bem, um amigo meu dono de transportadora que presta serviço a uma grande empresa, me contou dias atrás que por conta da nova tecnologia e do custo com o ARLA mais o diesel S-10, esta empresa pagava aos transportares que tem caminhões com tecnologia EURO 5 um frete ligeiramente maior, mas, os “gananciosos inventores adeptos da lei de Gerson” decidiram que poderiam ficar com “o a mais” do valor do frete e enganar a grande empresa e o sistema de gerenciamento do caminhão. Resultado? A gerência, ao ficar sabendo da burla, cortou o subsídio a todos, e mesmo os que não faziam a malandragem pagaram o pato.

Triste né? Mas falando do caminhão, todas as alterações para burlar o sistema por melhor que seja engenhada a longo prazo, custará caro em manutenção e, se for pego pela fiscalização, a multa é pesadíssima (R$12.000 por caminhão), além de multa ambiental e prisão.

O engenheiro Claudio Gonçalves explica mais sobre isso no vídeo:

Meu amigo Repórter Jaime Alves, também fez uma matéria muito boa sobre o assunto:

Mas se os custos estão doendo no bolso e você não sabe como fazer a conta, é simples: some o custo do diesel S-10 e o Arla. Divida pela sua média, multiplique por três e terá o valor a rodar por quilômetro. Assista ao vídeo para entender os cálculos:

Até a próxima, se Deus assim permitir!

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