O maior evento itinerante do Brasil teve sua final em Joinville-SC no último domingo(5). Júlio César Bertolin, de Colombo-PR, é o vencedor da disputa.

Olá, caminhoneiros, caminhoneiras e gincaneiros de plantão! 

A 30ª edição da Gincana do Caminhoneiro (GDC) chegou ao fim! A competição que movimenta o universo dos caminhões teve seu início em maio de 2022 e rodou todo o país, de norte a sul, classificando os melhores resultados para as semifinais. A 5ª e última semifinal ocorreu no sábado(4), no Posto Zandoná, em Joinville-SC, e a grande final, no domingo(5), no mesmo local. 

Para encerrar o evento de um jeito super especial, tivemos uma transmissão ao vivo para quem acompanhou de casa e, ainda, tivemos a participação de alguns amigos caminhoneiros que todo mundo conhece e adora. 
Quer um resumo geral de como foi a competição até aqui, além de saber como foi a grande final e conhecer o campeão? Continue lendo este artigo! 

90 etapas, 10 estados, centenas de sonhos

A estrada da Gincana do Caminhoneiro (GDC) foi longa, percorremos mais de 31.390 km nos quase 9 meses de competição. Ao todo, foram 90 etapas, 10 estados e 81 cidades. As etapas ocorreram em postos Petrobras espalhados pelo país, sendo que em algumas cidades tivemos atuação em mais de um posto. 

Em Andradina (SP), por exemplo, foram quatro postos, em Campo Grande(MS), foram dois, em Uberlândia(MG), também quatro, em Rio Largo(AL), foram duas etapas, e Joinville(SC), foram o total de três, incluindo a final. 

É muito chão e trabalho envolvido, mas tudo para dar a oportunidade para o número máximo de motoristas disputarem. Para se ter uma ideia, mais de 11.000 caminhoneiros subiram no IVECO Tector para realizar a prova nesta edição, ou seja, pelo menos 3.000 mais que a última GDC. 

Entenda a Gincana do Caminhoneiro: prova, etapas e regras

Com o patrocínio da IVECO e realizada pela Revista Caminhoneiro, além do apoio da Rede Siga Bem, a Gincana do Caminhoneiro reúne competidores para uma tradicional prova de slalom com um percurso predeterminado.

Na prova, realizada em postos Petrobras espalhados pelo país, o desafio é desviar dos cones, sem derrubá-los, em uma verdadeira corrida contra o relógio. O objetivo, portanto, é completar a tarefa no melhor tempo possível.

Além das habilidades de manobra e agilidade, é necessário muito controle emocional para se manter 100% concentrado(a), sem cair nos obstáculos e sem se deixar influenciar pela pressão do tempo.  

Candidatos na expectativa para saberem a pontuação na tomada de tempo

Para você que ainda não está por dentro, as classificações ocorreram da seguinte forma: a cada 18 etapas, tivemos a disputa de uma semifinal, que classificou os cinco melhores em cada uma dessas rodadas para a última fase da competição. Como são 5 semifinais, tivemos, ao todo, 25 finalistas. O número de finalistas desta edição foi em comemoração aos 25 anos da IVECO no país. 

A realização da prova é gratuita, assim como a passagem pelo circuito de saúde, incluindo a realização de exames, vacinas e demais atividades. Qualquer caminhoneiro e caminhoneira com CNH C, D e E pode se cadastrar e se tornar um gincaneiro. 

? Mas vale lembrar: para ter o seu tempo validado e competir oficialmente, os competidores precisaram apresentar um comprovante de consumo de R$ 1.000,00 em diesel ou ter adquirido um balde de óleo Lubrax Top Turbo / Top Turbo Pro, Avante ou Extremo HD nos postos da Rede Siga Bem. O cupom pode ter sido emitido até sete dias antes da etapa do evento.

Confira abaixo os 25 finalistas da competição: 

As histórias por trás da Gincana

As histórias por trás da Gincana do Caminhoneiro são inúmeras. Uma que marcou as últimas etapas é a do Ricardo do Nascimento Gadelha. Ricardo nunca tinha participado da Gincana e chegou para realizar a prova já no final do 1º dia da etapa 71, em Penaforte(CE). 

Como estava sem cupom, ele fez a volta, sem computar sua participação, e foi relativamente bem. No dia seguinte, após abastecer na Rede Siga Bem, conforme as regras da GDC, ele subiu no IVECO Tector pela 2ª vez em sua vida e competiu oficialmente. Resultado: uma baita volta, eliminando inclusive gincaneiros antigos, e a classificação para a semifinal. 

Na semifinal, em Umbaúba(SE), ele não passou batido e, mais uma vez, mandou super bem e cavou uma vaga para a final. Ou seja, um caminhoneiro que não sabia nada sobre a Gincana, nunca tinha subido em um IVECO Tector, e hoje é gincaneiro de carteirinha. 

Pela 1ª vez na Gincana do Caminhoneiro, Ricardo Gadelha foi um dos finalistas. 

Outra história que chamou atenção foi a da família Strapasson. Amiria e Hélio Strapasson são casados e competem juntos desde 2000. Em 2005, Hélio ficou em 3º lugar.  Nesta edição, o casal chegou à 5ª semifinal, e disputaram também com o genro, Júlio César Bertolin. Já pensou disputar a Gincana do Caminhoneiro em família?

Júlio César e o sogro, Hélio, mandaram bem na 5ª semifinal e cavaram uma vaga na grande final. 

Juntos na vida, na estrada e na Gincana, Amiria e Hélio Strapasson disputaram lado a lado na 5ª semifinal. 

Saúde no centro da gincana 

Levar um IVECO Tector novinho para casa é legal, mas o prêmio é só uma desculpa para reunir os caminhoneiros em torno de um tema muito mais importante: o cuidado com a saúde. 

Nas estruturas preparadas em todas as etapas da GDC, os competidores tiveram acesso a um circuito de saúde completo, com técnicos enfermeiros de prontidão para procedimentos e orientação, além de avaliação da saúde com exames de pressão arterial, constatação de glicemia, verificação de temperatura e cálculo de IMC – Índice de Massa Corporal. 

Até a 4ª semifinal, foram realizadas 7.340 avaliações de saúde aos motoristas e suas famílias. Da 1ª a 54ª etapa, foram aplicadas 725 vacinas contra a gripe H1N1, Tétano e Hepatite e Covid-19, além de 572 testes de Covid. 

Outro destaque do evento são as palestras educativas da PRF, com ações de prevenção de acidentes, segurança no trânsito, além de rodas de conversa com Psicólogos, Dentistas, Nutricionistas, Personal, entre outros, com apoio do Sest/Senat. Em algumas etapas, teve até cursos profissionalizantes para motoristas. Demais, né? 

Resumindo: além de disputar o prêmio, a Gincana é uma oportunidade para cuidar da saúde e se prevenir de doenças, aprender e se desenvolver, conhecer outros estradeiros e fazer amizade, reunir a família e se divertir nas atividades ao ar livre, e ainda fazer um test drive nos caminhões das linhas Tector e Hi-Way. 

Gincana do Caminhoneiro: a grande final

Bom, uma coisa é fato: após fazer o cadastro, adquirir o cupom, fazer as orações e os rituais para dar sorte, se preparar, ir até o posto e aguardar na fila, executar a prova bem e com agilidade, além de toda a expectativa para saber a pontuação na tomada de tempo, sem dúvidas, chegar na grande final já é uma vitória e tanto para quem entra na Gincana do Caminhoneiro.

Na prova final, no entanto, além de ser bom de braço e ágil para manobrar sem derrubar os cones, os competidores tiveram que mandar bem na prova teórica, comprovando conhecimentos em temas de legislação, cidadania e trânsito. Sem falar na dose extra de controle emocional que precisaram, né? Já que na final a pressão psicológica para vencer é ainda maior. 

O domingo começou com o café da manhã dos finalistas e, em seguida, a leitura do regulamento e a entrega das camisas. Eles foram divididos em 02 grupos, sendo um para a prova teórica e outro para a prova prática, isto é, a primeira volta para as eliminatórias. Desta primeira volta, apenas 16 foram classificados para as Oitavas de Final. 

Das Oitavas de Final, saíram oito caminhoneiros para disputar as Quartas, e das Quartas, saíram quatro para a Semifinal. São eles: Júlio César Bertolin, Hélio Strapasson, Fernando Sakai e Vânio Luiz Amorim. Mostramos todos os detalhes em nossos Stories, e você ainda pode conferir nos destaques caso não tenha acompanhado em tempo real. 

Da esquerda para direita: Vânio Luiz de Amorim, Fernando Sakai, Hélio Strapasson e Júlio César Bertolin foram os 4 finalistas da grande final.


Na grande final, os habilidosos que se enfrentaram foram Vânio Luiz Amorim, de São José-SC, e Júlio César Bertolin, de Colombo-PR. Em suas primeiras voltas, ambos finalistas derrubaram um cone. Dá para imaginar como a perna deles tremia lá dentro da cabine?

A decisão veio na 2ª volta. Após Júlio César completar sua volta, sem derrubar nenhum cone, Vânio teve dificuldade ao manobrar e, com isso, a diferença de tempo ficou clara já no momento da prova. Antes mesmo de Vânio sair do caminhão, a família de Júlio César já comemorou a vitória, com lágrimas e abraços que emocionaram a todos. 

É, companheiros, haja coração para acompanhar essa final. Se você quer ter uma ideia de como estava o clima lá no Posto Zandoná, em Joinville-SC, veja como foi a transmissão ao vivo, em nosso Youtube. 

Grande Final da Gincana do Caminhoneiro | 30ª edição | 5 de fevereiro

Ah, e ainda tivemos a presença ilustre dos queridos e carismáticos caminhoneiros Mit Muriçoca, Suelen Lopes, Pedro Jaime, Serjão da Tereza e Diego Bruno. Eles fizeram a volta a bordo do IVECO Tector e foi diversão garantida. Confira o vídeo clicando aqui.

Bom, como vocês podem ver, foi uma final inesquecível e uma edição que já deixa saudades na gente. Fica o nosso parabéns ao campeão, Júlio César, aos 25 finalistas, e a todos os mais de 11 mil caminhoneiros que fizeram a prova ao longo desta jornada que foi a Gincana do Caminhoneiro.

Nos vemos no trecho, e na próxima Gincana!?