Muitos motoristas de carros de passeio devem imaginar o caminhão como algo indestrutível, um verdadeiro tanque de guerra, porém, não é bem assim. Embora sejam veículos desenvolvidos para serem bastante resistentes ao ponto de rodar milhares de quilômetros sem apresentar grandes problemas e ainda por cima com elevada capacidade de carga sobre a estrutura do caminhão, são relativamente frágeis se operados por mãos erradas.

Infelizmente alguns caminhoneiros também possuem essa visão destorcida do caminhão como algo indestrutível e acabam abusando da resistência do bruto.

Os cargueiros realmente são criados com materias, acessórios e equipamentos calculados para durarem ao longo da vida útil do caminhão, mas por exemplo, uma transmissão que é feita para tracionar o caminhão carregado muitas vezes com cargas ultrapassando as 70 toneladas, se realizar uma troca de marcha inadequada ou forçar muito a transmissão durante as manobras, a embreagem que muitas vezes dura em média 700.000 km, pode se desfazer na primeira viagem.

Enxergo o caminhão como um produto ideal para o seu propósito, possuindo seus equipamentos e sistemas para resistirem o tempo que foram estimados para eles, porém, bastante frágeis durante uma má condução, e como a única função que o caminhão possui é transportar cargas pesadas, expor o cargueiro em situações de fadiga, operações inadequadas e amadoras, deixa todo o conjunto fragilizado.

Os caminhões evoluem a passos largos, se tornando cada vez mais rentáveis, mas os cuidados de sempre devem por obrigação serem mantidos, verificar o nível de óleo e fluídos, situação dos freios, ler o manual e seguir as recomendações do fabricante, tomar cuidados durante a condução, aplicar sempre a marcha correta durante o trajeto e inspecionar a condição geral do veículo jamais deve ser deixada de lado.

Seguindo essas regras básicas, o amigo caminhoneiro terá um companheiro de trabalho por muitos anos, pois nas mãos erradas nem mesmo um tanque de guerra não suporta sua operação.

Até a próxima.