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Como será o mundo 4 graus mais quente

As regiões mais atingidas pelo aquecimento global serão o sul da África, os Estados Unidos, o sul da Europa e o sudeste asiático.

O Banco Mundial divulgou um relatório sobre como pode ficar o mundo caso as temperaturas aumentem 4 graus Celsius. É um cenário cada vez mais concreto, na medida em que as emissões dos países continuam crescendo e os esforços para qualquer controle são insuficientes.

Nível do mar: Elevação em média de 0,5 a 1 metro no nível dos mares até 2100. Depois disso, a temperatura continuaria a subir por causa do efeito acumulado dos gases na atmosfera, chegando em algum momento a 6 graus e uma elevação dos mares de vários metros. A elevação do mar pode ser de 15% a 20% maior nos trópicos.

Acidificação dos oceanos: Quando a temperatura média da Terra acumular uma elevação de 1,4 grau Celsius por volta de 2030, os recifes de coral vão parar de crescer por causa da acidez da água. Com 2,4 graus, vários deles começam a se dissolver. O desaparecimento dos corais é dramático para a pesca e para a proteção da costa contra furacões e ressacas.

Ondas de calor: Um mundo 4 graus mais quente terá mais ondas de calor. Elas não se distribuirão por igual no mundo. Regiões mais atingidas incluem o Mediterrâneo, o norte da África, o Oriente Médio e os Estados Unidos continental. Esses lugares podem ter um aumento de até 6 graus nas médias de verão. Entre 2080 e 2100, os julhos mais quentes no Mediterrâneo terão uma média de 35 graus, cerca de 9 graus mais quente do que os recordes atuais.

Agricultura: As áreas afetadas recorrentemente pela seca aumentarão dos atuais 15,4% da área plantada no mundo para cerca de 44% em 2100. As regiões mais atingidas serão o sul da África, os Estados Unidos, o sul da Europa e o sudeste asiático. Na África, 35% da área plantada ficará inviável para a agricultura caso a temperatura aumente 5 graus.

Rios: O fluxo de grandes rios como o Amazonas, Mississipi e Danúbio pode reduzir de 20% a 40%, gerando problemas de abastecimento, transportes e irrigação. Por outro lado, pode crescer em até 20% em outros como o Nilo e o Ganges, causando inundações.

Parte do aquecimento já é inevitável por causa dos gases que estão na atmosfera agora. Segundo os estudos, a concentração atual de gases do efeito estufa é a maior pelo menos dos últimos 15 milhões de anos.

Fonte: Blog do planeta, por Alexandre Mansur.

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