Topo
Caminhões gigantes

Caminhões gigantes

Para quem não está habituado ao universo dos caminhões, pode até achar uma redundância chama-los de gigantes, comparados aos veículos de passeio em geral eles são descomunais. Porém, me refiro aos caminhões de grades dimensões, no caso, os rodoviários com grande comprimento.

Cada vez mais, é comum avistar bitrens, tritrens e rodotrens com vários eixos e dimensões que beiram os 25, 26, 27 e 30 metros, e devido ao seu tamanho, são tidos como veículos especiais, necessitando de autorizações especiais para trafegar. Mesmo assim, a quantidade de veículos multiarticulados vem aumentando, mostrando ser uma realidade sem volta.

Muitos transportadores, principalmente os autônomos, reclamam dessas configurações, alegando figurar uma concorrência injusta, pelo fato, segundo eles próprios, de tomar grande parte de carga para apenas um veículo. Mas o fato é que, com o mercado exigente, e os custos muito elevados, eles surgem como uma ótima ferramenta para ser mais rentável na operação. Considerá-los um concorrente desleal para os caminhões menores é no mínimo injusto, mesmo porque, se voltarmos no tempo, acontece hoje o que antes acontecia com os proprietários de caminhões 6×2 (Trucks), que eram vistos com maus olhos pelos donos de caminhões 4×2, e mais tarde, os donos de 6×2, criticavam a chegada das carretas três eixos e por aí vai…

Na verdade, é o sistema implantado em busca de fretes que é ineficiente, e a própria política aplicada no mercado em geral, sem regulamentação, que prejudica a classe como um todo. Os caminhões  cada vez maiores são uma necessidade para os novos tempos, onde quem não for eficiente, corre o risco de ficar para trás, e isso não se aplica apenas no Brasil. O aumento no comprimentos dos implementos vem acontecendo ao redor do mundo, exemplos são os 25,25 metros da Europa, os roadtrains australianos e até mesmo nossos vizinhos argentinos, que tradicionalmente sempre utilizaram carretas de três eixos, atualmente já começam a implantar os primeiros bitrens nove eixos. Ou seja, trata-se de uma tendência mundial.

Mas como tudo na vida, nada é perfeito. Os veículos foram evoluindo, ficando mais potentes e com maior capacidade, mas a infraestrutura rodoviária no Brasil não acompanhou. Aliás, ficou estagnada por décadas e, receber esses gigantes nos raríssimos pontos de apoios ou postos de combustíveis, e até o comportamento destas composições nos trajetos antigos e limitados das estradas, é um desafio e tanto para o transportador.

Contudo, eles são cada vez mais fundamentais para os frotistas, já que  esses gigantes vem povoando todo o trecho em todos os cantos do país, e temos que nos acostumarmos com eles.

Sendo assim, que tal pensarmos em como tracionar todas essas composições de grande porte? Pois para tanto se faz necessário um cavalo mecânico a altura. Já pensou no Iveco Hi-Way de 560 cavalos? Ele é um produto que deve ser observado na hora de escolher um veículo para esses serviços, por ser um veículo premium com incrível custo beneficio, além de rodar com fôlego, graças ao potente motor de 560 cvs. Aliás, este é o propulsor com concepção 13 litros e 6 cilindros mais potente do mundo. Essa potencia ou acima disso só é atingida pela concorrência com motores maiores de 16 litros.

Até a próxima.

 Wagner Araújo Wagner Araújo – Carreteiro e responsável pelo blog Wagner Caminhões

http://wagnercaminhoes.blogspot.com.br/

 

 

1 Comentário
  • Hélio Resan

    Gostei da matéria… Realmente uma tendência sem volta e uma nova realidade no país

    30/06/2015 no 8:51 pm Responder

Postar um Comentário